segunda-feira, 25 de maio de 2020

Projeto: Telejornal da Escola Básica e Secundária de Santa Cruz


Participei no projeto Telejornal Digital da Escola Básica e Secundária da Santa Cruz

Com o tema - Terminei o 9.º ano. E agora? - 
Entrevista com Fernanda Ledesma - Presidente da Associação Nacional de Professores de Informática


quarta-feira, 13 de maio de 2020

Plataformas online, segurança e proteção,

Plataformas online, segurança e proteção, participação no artigo da no Educare.pt, 11 de maio de 2020
O ensino readaptou-se em pouco tempo. Escolas encerradas a 16 de março, ensino à distância nas duas semanas antes das férias da Páscoa. “Quando a pandemia surge e nos é exigido o confinamento, ninguém estava preparado para o que nos esperava. Contudo, há sempre escolas, pelos projetos e práticas que têm, que conseguem reorganizar-se rapidamente e com melhores condições”, refere ao EDUCARE.PT Fernanda Ledesma, presidente da Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI).
Houve escolas que reorganizaram imediatamente o serviço, aproveitando a sua autonomia, outras que aguardaram indicações da tutela que chegaram a 26 de março. “Enquanto isso, os professores entregues a si mesmo, desenrascavam-se, auto formavam-se, superavam-se como nunca pensaram conseguir”, observa Fernanda Ledesma. Em seu entender, o primeiro grande problema surge, logo à partida, porque a maior parte das escolas não dispunha ou não usava uma plataforma digital de aprendizagem, colaboração e comunicação. A presidente da ANPRI salienta essa questão porque considera que “é importante e mais seguro”, quer para professores, quer para alunos, “que a plataforma utilizada para o ensino online, seja a plataforma adotada pela escola”.
Fernanda Ledesma recua 10 anos para relembrar que, nessa altura, deram-se passos para que os agrupamentos escolares pudessem dispor de uma plataforma digital. “Não como ferramenta de ensino a distância, mas como extensão da sala de aula, como espaços de trabalho das equipas, direções de turma, formações internas, projetos, disponibilização de recursos online, entre outras finalidades”, destaca. Um movimento que, recorda, “deixou de ser alimentado, na última década, como quase tudo, no que se refere às tecnologias na educação”.
“Quando a escola decide e opta por uma plataforma tudo se torna mais seguro. Por um lado, professores e alunos estão a utilizar uma plataforma autorizada pela escola, logo o professor não está sozinho, há uma coresponsabilização de toda a ação desenvolvida. Por outro lado, podem estar a comunicar num ambiente digital mais controlado ou mesmo fechado, logo mais seguro”. A escola pode criar endereços de correio eletrónico institucionais para os alunos e professores, e pode também configurar esses emails de forma a que só possam ser utilizados entre utilizadores do mesmo domínio, o que significa que só podem enviar e receber mensagens de endereços da própria escola.
“Nas formações da disciplina de TIC, que inicia no 5.º ano, temos optado por propor aos alunos, logo no início do ano letivo, a criação de um avatar. Para além de desenvolverem a criatividade ao criar o avatar numa das inúmeras aplicações existentes, permite-nos abordar o direito à imagem e, por outro lado, levar os alunos a usá-lo nas várias plataformas e aplicações de comunicação e criação de conteúdos de forma a protegê-los, evitando a partilha de fotografias pessoais”.
Invasões virtuais
Há vários procedimentos que podem mitigar os problemas de segurança. “Mas é impossível garantir que não acontecem de todo, estas situações”, avisa Fernanda Ledesma. “A Internet reflete os valores daqueles que a construíram, dos que a usam e a modificam. Não é possível dissociar ações e valores do contexto real para o virtual. Os problemas que aconteceram e que acontecem no ambiente virtual são o espelho da indisciplina e de atitudes pouco adequadas que já aconteciam nas salas de aula”, refere.